Jeitinho “rossonero”

3 09 2013

Milan aposta em contratação a baixo custo de jogadores que já valeram muito

 

Por Matheus de Andrade

Quando Kaká foi comprado pelo Milan, por 8,5 milhões de euros (21,25 milhões de reais), o valor foi considerado extremamente baixo pelos torcedores são paulinos, e pela imprensa brasileira. Até o presidente do “rossonero” considerou a contratação como barata, dizendo que Kaká foi levado por “preço de banana”.

 Kaká, de volta ao Milan, será mais um bom negócio do clube de Milão?  (Foto: AP)

Kaká, de volta ao Milan, será mais um bom negócio do clube de Milão? (Foto: AP)

Dentro de campo, o brasileiro correspondeu. Foi o grande destaque do Milan na conquista da Champions League de 2007, sendo eleito o melhor jogador do mundo naquele ano. Kaká virou ídolo na Itália e, em 2009, o Real Madrid resolveu levar o jogador para a Espanha, em uma transferência de cerca de 69 milhões de euros (172,5 milhões de reais), quase oito vezes o que o clube de Milão pagou ao São Paulo pelo jogador.

O que era a quarta maior contratação da história do futebol, até então, se tornou uma das maiores decepções do esporte. Kaká não conseguiu se firmar no clube madrileno por várias razões, como as constantes lesões e as desavenças com o técnico José Mourinho, até o Milan levar o jogador de volta para o futebol italiano, no último dia da janela de transferências no país. O brasileiro foi sem custos ao clube de Milão, e ainda aceitou uma redução salarial para se juntar ao “rossonero”.

Mas este não foi o primeiro negócio do clube italiano envolvendo a contratação de jogadores desvalorizados em outros clubes. Robinho foi para o Manchester City, após uma passagem conturbada pelo Real Madrid. O clube inglês pagou algo em torno de 40 milhões de euros (quase 100 milhões de reais). Após insucesso em Manchester, o Milan levou o brasileiro para a Itália por 18 milhões de euros (45 milhões de reais).

Ibrahimovic é mais um caso. Em 2009, o Barcelona pagou cerca de 68 milhões de euros (170 milhões de reais), mais Samuel Eto’o, pelo sueco. Com problemas no clube catalão, o Milan pegou o jogador por empréstimo e, depois de uma boa temporada, contratou o sueco por definitivo por 24 milhões de euros (cerca de 60 milhões de reais).

Atuais destaques do “rossonero”, Balotelli e Montolivo também podem ser enquadrados neste perfil. O primeiro, com a forte concorrência no City, foi para o clube italiano, onde foi fundamental na conquista da vaga na Champions League desta temporada; Montolivo chegou sem custos ao Milan, e virou peça importante na equipe.

Balotelli, exemplo de negócio a baixo custo que deu certo em Milão.  (Foto:Valerio Pennicino/Getty Images)

Balotelli, exemplo de negócio a baixo custo que deu certo em Milão. (Foto:Valerio Pennicino/Getty Images)

Nem sempre dá certo

Até agora foram citados exemplos de contratações que deram certo, mas evidentemente, algumas não foram tão bem no clube italiano. Rivaldo representa esta situação: no Barcelona, o jogador chegou a ser eleito melhor do mundo, no entanto, em 2002, rompeu com o clube catalão e foi sem custos para o “rossonero”. Sem sucesso na Itália, o jogador foi para o Cruzeiro em 2004.

Ídolo do Milan, Shevchenko fechou em 2006 sua contratação junto ao Chelsea, por 30 milhões de libras (cerca de 90 milhões de reais). O jogador oscilou muito no clube inglês, mas nunca se firmou em Londres. Em 2009, o “rossonero” acertou o empréstimo do ucraniano, que ficou muito longe das atuações que o consagraram em Milão, retornando ao Chelsea no ano seguinte, situação bem semelhante a encontrada pelo argentino Crespo, contratado pelo Chelsea, junto ao Parma, em 2003, por 28 milhões de euros (70 milhões de reais), o jogador foi por empréstimo para o Milan no ano seguinte, onde não se firmou.

Shevchenko na segunda passagem pelo Milan, custo inversamente proporcional a decepção.   (Foto:Reuters)

Shevchenko na segunda passagem pelo Milan, custo inversamente proporcional a decepção. (Foto:Reuters)

Exemplos para Kaká não faltam e o brasileiro terá nesta temporada a oportunidade de se tornar mais um da leva dos bons negócios do Milan. A missão é difícil: na Champions League, o grupo da equipe conta com mais três campeões continentais: Barcelona, Ajax e Celtic. Só o tempo dirá se o brasileiro foi mais uma vez contratado a “preço de banana”, ou se desta vez o Milan fez um “negócio da China”.

Bons negócios -os que deram certo – com o jeitinho italiano:

Ibrahimovic (2010-2012) comprado por 60 milhões de reais: Sem ser unanimidade no Barcelona de estrelas como Messi e Iniesta, o sueco voltou para a Itália, país onde já havia jogado por Juventus e Inter. Foi muito bem no “rossonero”, e acabou sendo negociado com o PSG.

Montolivo (2012-?) sem custos: Meia com várias passagens pela seleção italiana, inclusive disputando a Copa do Mundo de 2010, deixou a Fiorentina após oito temporadas para assinar com o Milan, sendo peça importante da equipe.

Balotelli (2013-?) por empréstimo: Torcedor “rossonero” declarado, desde que atuava pela Inter, o jogador foi para Milão após ficar sem espaço no Manchester City e foi fundamental ao Milan na última temporada.

Robinho (2010-?) 45 milhões de reais: Sem muito sucesso e acumulando polêmicas no Real Madrid e no Manchester City, Robinho foi para o Milan por um valor bem abaixo do que seus antigos clubes pagaram para contar com seu futebol. Alterna altos e baixos no clube italiano, mas já é o time europeu que o brasileiro ficou mais tempo.

Sem tanto sucesso:

Rivaldo (2002-2004) sem custos: O pentacampeão foi com muitas expectativas para Milão, principalmente após a Copa do Mundo de 2002, no entanto o jogador não se encontrou na Itália e foi para o Cruzeiro em 2004.

Crespo (2004-2005) por empréstimo: Sem corresponder às altas expectativas no Chelsea, o jogador foi emprestado ao Milan, clube no qual ficou apenas uma temporada,e decepcionou depois disso. O argentino nunca mais repetiu as boas atuações de quando jogava pelo Parma.

Shevchenko (2008-2009) por empréstimo: Um dos maiores ídolos da história do Milan, o jogador foi cedido pelo Chelsea, mas as atuações ficaram muito longe das sete temporadas que marcaram o jogador no “rossonero” ,retornando para a Inglaterra na temporada seguinte.





Copa das Confederações: Fred espanta a seca e Brasil “foge” da Espanha

22 06 2013

Brasil espera por Nigéria ou Uruguai para a semifinal da Copa das Confederações

Por Gustavo Soler

Neste sábado (22), a Seleção Brasileira encarou a Itália na última rodada do Grupo A, na Arena Fonte Nova, em Salvador. Marcados por grandes confrontos decisivos como as finais da Copa de 70 e 94, e também o confronto em 82, o  Brasil leva vantagem nos confrontos. Em oito jogos, são quatro vitórias, dois empates e duas derrotas para a Seleção. A partida terminou mais uma vez positiva para o time de Felipão, que venceu por 4 a 2.

Fred marca duas vezes e garante o triunfo brasileiro (Foto: AP)

Fred marca duas vezes e garante o triunfo brasileiro (Foto: AP)

O Brasil começou o jogo a todo vapor. Nos primeiros segundos de jogo, a equipe de Felipão pressionou a saída de bola e tomou a redonda perto da área, porém, a zaga italiana conseguiu bloquear a finalização de Fred. Na sobra, Hulk escapou da marcação de Abate e bateu firme para a defesa de Buffon. O nível da partida caiu muito após os primeiro minutos, as boas jogadas deram espaço às faltas, dentre elas, Montolivo sentiu uma lesão e saiu para a entrada de Giaccherini.

Dante abriu o placar para o Brasil (Foto: AP)

Dante abriu o placar para o Brasil (Foto: AP)

Aos 23 minutos, Hernanes tocou no meio para Oscar, o camisa 11 ajeitou de calcanhar para Neymar, o craque da Seleção Brasileira invadiu a área com espaço, mas a finalização saiu mal e foi pela linha de fundo. Com 29 min, Neymar deu uma entrada criminosa em Abate, o lateral italiano teve que ser substituído por Maggio. As lesões não pararam por aí, porém, elas mudaram de lado. Aos 33, David Luiz sentiu a coxa e deu lugar ao Dante. O zagueiro deu um susto logo na sua primeira participação. Após cruzamento na área, o camisa 13 furou, no entanto, Balotelli não conseguiu chegar na jogada. No último minuto, Neymar cobrou falta para dentro da área, Fred tocou de cabeça, Buffon operou uma grande defesa, e no rebote, Dante, em posição duvidosa, abriu o placar.

Na segunda etapa, o Brasil começou de novo indo para o ataque. Após troca de passes, a redonda chegou ao pé de Fred, mas o camisa 9 pegou fraquinho na bola e Buffon fez tranquila defesa. Aos cinco minutos, Buffon cobrou tiro de meta, Marcelo perdeu no alto para Maggio, a bola se ofereceu para Balotelli, o centroavante lançou de calcanhar para Giaccherini, que invadiu a área e bateu no cantinho de Júlio Cesar para empatar o jogo. Com nove, Neymar, encarou a marcação de Maggio e foi derrubado pelo lateral. Na cobrança, o camisa 10, ao maior estilo Pirlo, jogou a bola no ângulo de Buffon para marcar o segundo.

Em mais uma boa atuação, Neymar marca mais um golaço (Foto: Vipcomm)

Em mais uma boa atuação, Neymar marca mais um golaço (Foto: Vipcomm)

Aos 15 min, o atacante Balotelli cobrou falta de muito longe e Júlio Cesar espalmou. Com 21 min, Marcelo lançou Fred, o centroavante brasileiro ganhou no corpo de Chiellini e tocou na saída de Buffon para marcar o terceiro. O juiz do Uzbequistão se complicou sozinho: depois de cobrança de escanteio para dentro da área, Luiz Gustavo puxou Balotelli pela camisa, na sobra Chiellini mandou para o gol, no entanto, Ravshan Irmatov apitou o pênalti, e segundo a regra, não há vantagem em marcações de pênalti, porém, o árbitro validou o gol.

Aos 37 minutos, Candreva bateu escanteio, Maggio subiu sozinho, mas a bola explodiu no travessão de Júlio Cesar. A Itália crescia na partida e buscava o gol de empate, no entanto, Luiz Gustavo recuperou a bola no meio campo, a redonda se ofereceu para Bernard, que deixou para Marcelo. O lateral chegou batendo de primeiro, Buffon espalmou e Fred marcou o quarto, em posição duvidosa. Com a vitória, o Brasil escapa de um confronto contra a Espanha na semifinal e agora espera por Uruguai ou Nigéria.

FICHA TÉCNICA

ITÁLIA 2 X 4 BRASIL

Local: Arena Fonte Nova, em Salvador (BA)
Data/Hora: 22/6/2013 – 16h
Árbitro: Ravshan Irmatov (UZB)
Auxiliares: Abdukhamidullo Rasulov (UZB) e Bakhadyr Kochakarov (KGZ)
Público: 48.874 pagantes
Cartões Amarelos: Machisio (ITA); David Luiz, Neymar, Luiz Gustavo (BRA)
Cartões Vermelhos: –

GOLS: Dante, 45’/2ºT (0-1); Giaccherini, 6’/2ºT (1-1); Neymar, 9’/2ºT (1-2); Fred, 20’/2ºT (1-3); Chiellini, 25’/2ºT (2-3); Fred, 42’/2ºT (2-4)

ITALIA: Buffon, Abate (Maggio – 29’/1ºT), Bonucci, Chellini, Sciglio; Montolivo (Giaccherini – 26’/1ºT), Aquilani, Machisio, Candreva, Diamanti (El Shaarawy – 27’/2ºT); Balotelli. Técnico: Cesare Prandelli.

BRASIL:  Julio Cesar, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz (David Luiz – 33’/1ºT), Marcelo; Luiz Gustavo, Hernanes, Oscar; Hulk (Fernando – 30’/2ºT), Neymar (Bernard – 23’/2ºT) e Fred. Técnico: Luiz Felipe Scolari.

 

Cobertura completa da Copa das Confederações

A Copa das Confederações acontecerá entre os dias 15 e 30 de junho e contará com cobertura especial do Jornalismo Futebol Clube. Acompanhe de perto cada lance por meio do site e do Google Plus. Em parceria com o Google, divulgaremos nosso conteúdo na página do G+ dedicada à competição, busque pela hashtag #jornalismoFC e fique por dentro de tudo o que acontece nos gramados do Brasil.





Copa das Confederações: “Why always me”? Balotelli marca e decide para a Itália

17 06 2013

Sem brilho e com muitas chances perdidas, Itália estreia com vitória na reinauguração do Maracanã por competições oficiais

Por Gustavo Soler

Balotelli marca e garante triunfo para a Azzurra (Foto: AFP)

Neste domingo (16), Itália e México inauguraram o novo Maracanã em uma competição oficial. Marcada na história por estar no primeiro jogo do estádio em 1950, a Seleção Mexicana vem sendo contestada nas eliminatórias da CONCACAF e desembarcou no Brasil como um ponto de interrogação para a Copa das Confederações. Já a Azzurra, chegou ao Rio de Janeiro como uma das favoritas ao título. Com três jogos disputados, a Seleção Italiana leva vantagem sobre os mexicanos com uma vitória e dois empates. Os italianos mantiveram a invencibilidade e venceram o México por 2 a 1.

O jogo começou com a Itália melhor no jogo, tentado chegar ao gol na base dos passes, os italianos tiveram sua primeira oportunidade após uma falha grotesca do zagueiro Rodriguez, que tocou de graça para Balotelli. O camisa 9 viu o goleiro Corona fora da sua meta e arriscou levando muito perigo. Aos seis minutos, Montolivo avançou pela ponta esquerda, invadiu a área e rolou para Balotelli, o atacante bateu de primeira e Corona fez uma grande defesa.

O atacante italiano estava inspirado nos primeiros minutos de jogo, aos oito, o polêmico centroavante arriscou de longe, Corona bateu roupa e no rebote, o arqueiro deu um carrinho mandando a redonda para linha lateral. O México acordou na partida com 10 min. Giovani dos Santos ganhou na disputa de corpo contra Abate e rolou para Guardado, o camisa 18 bateu de primeira e a bola explodiu no travessão. A Itália partiu novamente para o campo de ataque com Giaccherini, o meia da Juve trabalhou com Pirlo, que se livrou do marcador e foi tocado dentro da área, o árbitro Enrique Ossees mandou craque italiano se levantar.

Explorando os contra-ataques, a equipe mexicana teve uma ótima oportunidade de abrir o placar: Giovani dos Santos partiu no mano a mano com a zaga e tocou para Chicarito, o camisa 14 partiu pra cima de Barzagli e bateu fraquinho, sem problemas para Buffon. Aos 21 minutos, Balotelli sofre falta na intermediária, Andrea Pirlo foi para a cobrança, e como de costume, o camisa 21 cobrou com extrema categoria mandando no ângulo direito de Corona, abrindo o placar para a Azzurra. Com 32 min, Barzagli se complicou sozinho dentro da área, foi desarmado por Giovani dos Santos e derrubou o camisa 10. O árbitro assinalou a penalidade. Na cobrança, Chicharito empatou o jogo.

O capitão Rodriguez errou mais uma vez e mandou a bola nos pés de Balotelli, o atacante se livrou da marcação e bateu de perna esquerda, no entanto, o chute foi fraquinho e Corona defendeu com tranquilidade. Aos 41, Pirlo lançou Abate, o lateral bateu cruza e Corona tirou a redonda do pé de Balotelli. A segunda etapa começou com mais uma falha de Rodriguez. Aos seis minutos, o camisa 2 cometeu falta na mesma posição do gol de Pirlo. O maestro italiano foi para a cobrança, porém, desta vez a cobrança saiu por baixo da barreira e sobrou para Marchisio, o meia tocou com o bico da chuteira e Corona conseguiu chegar para defender.

Com 13 minutos, Andrea Pirlo cobrou nova falta, desta vez a redonda passou a direita do gol, mas assustou o arqueiro Corona. Aos 14, Chicharito tabelou com Giovani dos Santos, porém, na devolução, o atacante mexicano foi travado no corpo e caiu, o juiz mandou seguir, no lance seguinte, a Azzurra foi para o ataque. Balotelli recebeu atrás da zaga e foi calçado por Moreno, mas novamente Enrique Osses mandou continuar o jogo.  Com 32 min, De Rossi tocou de cavadinha para Giaccherini, o meia escorou para Balotelli, o atacante ganhou no corpo de Rodriguez e tocou no contrapé de Corona, marcando o segundo gol italiano.

COPA DAS CONFEDERAÇÕES

MÉXICO 1×2 ITÁLIA

Estádio: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data/Hora: 16/06/2013 – 16h (de Brasília)
Árbitro: Enrique Osses (CHI)
Cartões Amarelos: Barzagli, Balotelli. De Rossi (ITA), Moreno (MEX)
Gols: Pirlo (26′ do 1º tempo), Hernández (33′ da 1ª etapa) e Balotelli (32′ do 2º tempo)

MÉXICO: Corona, Flores, F. Rodríguez, Moreno e Salcido; Torrado, Aquino (Mier – 7′ do 2º tempo), Zavala (Jiménez – 41′ do 2º tempo), Giovanni dos Santos e Guardado; Chicharito Técnico: José Manuel de la Torre
ITÁLIA: Buffon, Abate, Barzagli, Chiellini e De Sciglio; De Rossi, Pirlo, Montolivo, Marchisio (Cerci – 23′ da 2ª etapa) e Giaccherini (Aquilani – 42′ da 2ª etapa); Balotelli (Gilardino – 38′ do 2º tempo) Técnico: Cesare Prandelli

 

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#JFCnaEuro: Mario Balotelli vai se tornar pai

2 07 2012

O atacante da Itália, primeiro negro a atuar com a camisa da seleção, ganhou destaque ao assinalar dois gols contra a Alemanha na fase semifinal

Por Filipe Barbosa

O atacante da seleção italiana e da equipe inglesa do Manchester City Mario Balotelli vai ser papai. Foi o que informou, na última semana, a imprensa italiana. De acordo com informações, Balotelli recebeu a notícia horas antes do duelo contra a Alemanha, válido pela semifinal da Eurocopa, quando marcou dois gols e foi o grande ícone da classificação da Azzurra para a fase final do torneio.

Balotelli ganhou status de referência da seleção italiana ao marcar dois gols da seleção italiana contra os bávaros (Foto: AP)

Segundo apuração da agência de notícias Reuters, a namorada do jogador do Manchester City, Raffaella Fico, disse à revista semanal de celebridade Chi: “Eu liguei para Mario quando ele estava na seleção antes do jogo com a Alemanha e disse a ele: “Lembra do nosso sonho de sermos pais? Bem, esse sonho virou realidade. Estou esperando um bebê. Seu bebê.”

De acordo com Rafaella, ele ficou em silêncio primeiro e depois disse: “Você me deu a melhor notícia do mundo. Então, no dia seguinte, ele marcou dois gols.”

Após a vitória na semifinal contra os bávaros por 2 a 1, a Itália foi derrotada na final da Eurocopa pela Espanha, por 4 a 0, no domingo.





#JFCnaEuro: Espanha desfila em campo e goleia Itália na decisão

1 07 2012

Marcando quatro gols na partida, a Fúria bateu os italianos em jogo dramático para a Azurra; resultado foi o maior de todas as edições da competição

Por Luiz Queiroga

Grito de campeão: Espanha passeia em campo, passa por cima da Itália e conquista tricampeonato da Eurocopa (Foto: Getty Images)

Muita tradição e elegância em campo, na tarde deste domingo (1). A decisão da Euro-2012 reuniu duas grandes seleções da história do futebol, Espanha e Itália, e as expectativas eram enormes. De um lado uma equipe que tem como religião a posse de bola, trabalha-la bem até a área adversária para finalizar; já do outro, um time que abdicou do histórico sistema defensivo para adotar um que, não deixando de lado por completo sua marca atrás, priorizasse o ataque à qualquer custo. Ou seja, um clássico do futebol.

Italianos tiveram bastante dor de cabeça com a marcação espanhola (Foto: Getty Images)

O palco desse cenário foi o Estádio Olímpico de Kiev, na Ucrânia. Assim que a bola rolou, quem começou avançando foi a Itália, que tentava impor o seu ritmo de jogo, mas depois de um chute sem direção de Andrea Pirlo, quem passou a dominar foi a Espanha, com o característico estilo de jogo: posse de bola e toques curtos e rápidos.

Seguiu-se uma série de lances ofensivos da Fúria até o seu primeiro gol. Logo aos cinco minutos, Sergio Ramos chutou por cima do travessão. Passado um minuto, o defensor apareceu bem novamente, agora em cabeçada perigosa após escanteio cobrado. Aos dez, após uma troca de passes à frente da área italiana, a Espanha quase marcou em chute de Xavi, que recebeu assistência de Fábregas.

Em meio a esse bombardeio espanhol, a Itália bem que tentava segurar a bola, mas parava na forte marcação da Fúria. Confirmando a soberania, a Espanha abriu o marcador aos 13min, quando Iniesta lançou para Fábregas e o meia cruzou na medida para David Silva cabecear para o fundo das redes, abrindo o placar em Kiev.

David Silva abriu o marcador em cabeçada indefensável (Foto: Getty Images)

Balotelli disse que marcaria quatro gols na final: eles aconteceram, mas não dos seus pés (Foto: Getty Images)

A Itália respondeu em três escanteios, dos pés de Pirlo, mas nenhum conseguiu passar de Casillas. E para piorar a situação do time do técnico Cesare Prandelli, Chiellini sentiu dores e precisou ser substituído por Balzaretti. A Azurra buscava arranjar algum espaço para tentar chegar à meta adversária, mas a Fúria povoava o meio de campo, dificultando as subidas italianas. O jeito era alçar a bola na área e abusar dos lançamentos longos. Aos 28min, Cassano recebeu enfiada, deixou Arbeloa no chão e chutou em cima de Casillas.

Como carregar a bola até a área espanhola era praticamente impossível e as bolas aéreas não tinham sucesso, Cassano arriscou de longa distância, exigindo grande intervenção do arqueiro do Real Madrid, aos 35min. Depois de cinco minutos, outro chute de fora da área, agora com Balotelli.

A Espanha, que mantinha o seu estilo de jogo independente do que a Itália produzia, ampliou, aos 40min. Após tiro de meta de Casillas, Jordi Alba cabeceou para Fábregas e saiu na corrida. O volante aguardou uma melhor posição do lateral-esquerdo e jogou a bola entre a defesa italiana para deixá-lo cara a cara de Buffon: 2 a 0.

Jordi Alba anotou o segundo da Fúria: o lateral foi a revelação dessa Euro (Foto: Getty Images)

Antes do apito final, os arqueiros das duas equipes ainda tiveram que trabalhar: aos 43min, Montolivo tentou, mas parou no bom reflexo de Casillas. Passado mais dois, foi Buffon que interviu bem, agora em chute de Silva.

Di Natale foi acionado no intervalo por Prandelli e quase marcou em cabeçada na volta pro segundo tempo, na sua primeira aparição, logo no primeiro minuto. A resposta veio com Fábregas, que chutou rente à trave no lado direito de Buffon. Di Natale novamente apareceu bem, mas perdeu uma grande oportunidade, aos cinco.

Se a vida da Itália já estava difícil, a situação ficou ainda mais delicada quando Thiago Motta, que havia entrado aos dez minutos dessa etapa, numa aposta arriscada de Prandelli, levou entrada dura e sentiu o tornozelo, deixando a Azurra com um homem a menos em campo.

Thiago Motta ficou pouco minutos em campo antes de sentir lesão: esperança italiana encerrou-se por aí (Foto: Getty Images)

Fernando Torres entrou para dar mais objetividade no ataque, aos 30min, substituindo Fábregas. Mas quem quase ampliou o resultado foi Pedro, que também entrou ao decorrer da etapa complementar. Após uma magnífica troca de passes à frente da área italiana, o atacante do Barcelona recebeu em posição de impedimento de Alba e chutou cruzado, aos 33min.

Aos 38min, o que era esperado finalmente aconteceu: Xavi aproveitou bobeada da defesa da Azurra e deixou Fernando Torres em ótimas condições pra balançar as redes. O atacante foi frio e tirou de Buffon, acertando o canto direito do gol.

Marca de artilheiro: Fernando Torres foi o único atacante a marcar em duas finais da Euro (Foto: Getty Images)

Virou goleada quatro minutos depois, novamente com participação de Torres: o centroavante rolou a bola para o seu companheiro de Chelsea, Juan Mata, que tinha acabado de entrar em campo, dar números finais à partida.

Juan Mata marcou em seu primeiro lance na partida, encerrando a goleada (Foto: Getty Images)

Título bastante comemorado pela Fúria, que chegou pela terceira vez ao topo da Europa, segundo a segunda consecutiva. Coube ao arqueiro e capitão Iker Casillas erguer novamente o troféu da Eurocopa. Entre aplausos e lamentações, a Itália despede-se do torneio de cabeça erguida, uma vez que superou todas as expectativas negativas que a cercava e fez uma grande campanha, que não será apagada pela goleada na final.

Espanha superou-se mais uma vez e escreveu mais um grande capítulo na história do futebol (Foto: Getty Images)

FICHA TÉCNICA
ESPANHA 4X0 ITÁLIA

Local: Estádio Olímpico, Kiev (UCR)
Data-Hora: 01/07/2012, às 15h45 (de Brasília)
Árbitro: Pedro Proença (POR)
Auxiliares: Bertino Miranda e Ricardo Santos (POR)
Cartões amarelos: Piqué (ESP), Barzagli (ITA)
Cartões vermelhos: não houve
Gols: Silva (13’/1ºT), Alba (40’/1ºT), Torres (38’/2ºT), Mata (43’/2ºT)

ESPANHA: Casillas, Arbeloa, Piqué, Sergio Ramos e Alba; Xabi Alonso, Busquets, Xavi, Iniesta (Mata, 40’/2ºT) e Silva (Pedro, 13’/2ºT); Fàbregas. Técnico: Vicente del Bosque

ITÁLIA: Buffon, Abate, Barzagli, Bonucci e Chiellini (Balzaretti, 20’/1ºT); Pirlo, De Rossi, Marchisio e Montolivo (Thiago Motta, 11’/2ºT); Cassano (Di Natale, intervalo) e Balotelli. Técnico: Cesare Prandelli





#JFCnaEuro: Sem grandes dificuldades, Itália bate a Irlanda e garante a classificação

19 06 2012

Gols de Cassano e Balotelli garantiram a vaga dos italianos, que vão enfrentar o líder do grupo D na próxima fase

                                                                                        Por Leonardo Perri

Italianos comemoram o gol marcado por Cassano (Foto: EFE)

Foi na base do sufoco, mas a Itália ganhou e se classificou para as quartas de final da Eurocopa. Nesta segunda-feira (18), os italianos venceram a Irlanda em Poznan, pelo placar de 2 a 0, gols de Cassano e Balotelli. Agora, a Azzurra espera os resultados de amanhã para conhecer o seu próximo adversário, que será o líder do grupo D.

A equipe de Cesare Prandelli veio para o duelo com uma mudança de esquema tático do 3-5-2 para o 4-4-2. O treinador promoveu a entrada de Abate, Barzagli e Balzaretti no time principal nos lugares de Maggio, Bonucci e Giaccherini. Outro desfalque de última hora foi Balotelli, que, antes do jogo, sentiu o joelho e ficou apenas no banco de reservas.

A partida começou com os italianos precisando do resultado para se classificarem, mas, na prática, não era isso que se via em campo. A Itália pouco pressionava a Irlanda em busca do gol. Com Pirlo apagado e os irlandeses jogando apenas para cumprir tabela, o jogo estava morno.

Os irlandeses pouco atacavam e, quando atacavam, encontravam enormes dificuldades. Robbie Keane ficava isolado na frente, pois Duff, Mc Geady e Doyle não apareciam para fazer as jogadas e tentar criar alguma oportunidade. Com esse panorama, o jogo não teve nenhuma grande chance real de gol até 30 minutos da primeira etapa.

Foi aí que Pirlo acordou, começou a jogar e comandou sua seleção nas oportunidades de gol. Aos 30min, Di Natale girou dentro da área e chutou com muita força. A bola bateu na mão de St. Ledger, para revolta dos italianos, que pediram pênalti no lance.

Sempre polêmico, Balotelli ameaçou desabafar no segundo gol, mas foi contido por Bonucci (Foto: Getty Images)

Na sequência, Cassano pegou a bola e arriscou de fora da área. Given falhou no lance, mas teve a sorte que a bola saiu pela linha de fundo em escanteio. Na cobrança, o gol saiu. Aos 34 min, Pirlo bateu o corner na primeira trave. Cassano apareceu de surpresa para escorar a bola para o fundo do gol. O goleiro ainda tentou desviar, mas a bola já havia cruzado a linha, para alívio dos torcedores, que viam sua seleção jogar mal.

A segunda etapa veio e a impressão que se tinha era que a seleção da Itália veio do vestiário disposta a fazer o segundo gol para garantir sua vaga. Com Balzaretti inspirado pela esquerda, as jogadas de perigo eram criadas a todo instante. Antes dos dez minutos, o time de Cesare Prandelli criou três boas chances com de aumentar o placar Cassano, De Rossi e Di Natale.

Passado o ímpeto inicial, a partida voltou a cair de rendimento com as duas equipes chegando pouco ao ataque e não criando oportunidades de gol. Os irlandeses chegaram com perigo em bom chute de Andrews de fora da área. Buffon, atento, não teve trabalho para fazer a defesa. Para aumentar o drama italiano, que se se levassem um gol estariam desclassificados, o zagueiro Chiellini machucou o músculo da coxa sozinho e teve que dar lugar a Bonucci. Vendo sua equipe não jogar bem, Cesare Prandelli resolveu mexer e botou em campo Diamanti e Balotelli nos lugares de Cassano e Di Natale.

Não demorou e a alteração promovida deu resultado. Aos 43 min, após cobrança de escanteio, a bola sobrou para o atacante do Manchester City, que acertou uma linda puxeta para marcar um golaço e acabar com o sofrimento dos torcedores no estádio. Na comemoração, o atacante, sempre polêmico, ensaiou um desabafo aos críticos, mas foi impedido por Bonucci, que tapou a boca do companheiro. Atritos a parte, e com um futebol bem abaixo da crítica, com os 2 a 0 a classificação veio.

FICHA TÉCNICA:
ITÁLIA 2X0 IRLANDA

Estádio: Municipal de Poznan, Poznan (POL)
Data-hora: 18/6/2012, às 15h45 (de Brasília)
Árbitro: Cüney Cakir (TUR)
Auxiliares: Bahattin Duran (TUR) e Tarik Ongun (TUR)
Cartões amarelos: Balzaretti, De Rossi, Buffon (ITA), Andrews, O’Shea, St. Ledger, Andrews (IRL)
Cartões vermelhos: Andrews, 43’/2ºT (IRL)

GOLS: Cassano, 35’/1ºT (1-0); Balotelli, 43’2/ºT (2-0)

ITÁLIA: Buffon, Abate, Chiellini (Bonucci, 11’/2ºT), Barzagli e Balzaretti; Motta, Marchisio, De Rossi e Pirlo; Cassano (Diamanti, 17’/2ºT) e Di Natale (Balotelli, 29’/2ºT). Técnico: Cesare Prandelli

IRLANDA: Given, O’Shea, St Ledger, Dunne e Ward,; Whelan, McGeady (Long, 19’/2ºT), Andrews, Duff; Doyle (Walters, 30’/2ºT) e Keane (Cox, 41’/2ºT). Técnico: Giovani Trapattoni





Milan se arrepende de não ter vendido Alexandre Pato

1 03 2012

O jornal italiano Corriere dello Sport informa que o clube deve vender o brasileiro por suas inúmeras lesões

Por Caio Martins

Lesões de Pato deixam dirigentes do Milan insatisfeitos (Foto: AP)

A recusa da proposta do PSG pelo atacante brasileiro Alexandre Pato parece ter pesado na consciência de dirigentes do Milan. O valor da oferta, pelo que foi veiculado, era de 35 milhões de euros (R$ 80 milhões) e foi feita na última janela de transferências na Europa, em janeiro. Quando o negócio estava à beira de ser sacramentado, Pato desistiu do negócio e o presidente do clube, Silvio Berlusconi, decidiu mantê-lo na Itália. Entretanto, um mês depois, a cúpula do clube já tem planos para vender o atleta. E já tem substitutos em mente.

De acordo com a capa do periódico “Corriere dello Sport” desta quinta-feira (1), o Milan perdeu a paciência com as contusões do atacante, que o fizeram desfalcar a partida por diversas vezes. Desde 2010, foram 13 lesões. A expectativa dos italianos é que um clube, até mesmo o PSG que teve negociação frustrada com o brasileiro, demonstre interesse em contratar o jogador para, enfim, vendê-lo.

O holandês Van Persie, que está em alta na Europa, Balotelli, e Tevez, que também foi opção de contratação no início do ano, são os três nomes favoritos dos dirigentes do Milan para substituir Pato.