Copa das Confederações: História, torcida e Neymar, as esperanças do Brasil para conquistar a competição

13 06 2013

Atuando no próprio país, a seleção brasileira conta com o apoio da torcida fora de campo e com Neymar, destaque da equipe, dentro das quatro linhas

Por Michel Corbacho

Neymar, a principal esperança da seleção brasileira (Foto: CBF)

A nona edição da Copa das Confederações, sétima organizada pela FIFA, terá início no próximo sábado (15) e a sua grande decisão está marcada para um domingo (30), no estádio do Maracanã. A competição contará com a atual campeã mundial, a Espanha, além do país sede da próxima Copa do Mundo, o Brasil.

O Brasil será sede de sua primeira Copa das Confederações em 2013. O Brasil também sediou a Copa do Mundo de 1950 e voltará a sediar a Copa do Mundo em 2014. Além disto, o país também sediará os Jogos Olímpicos em 2016.

A seleção brasileira se classificou para a Copa das Confederações de 2013 por ser o país-sede da Copa do Mundo de 2014. O Brasil vai começar a competição de 2013 no grupo A da primeira fase que conta com o Japão, México e Itália. A estréia da seleção comandada por Felipão será diante do Japão, no próximo sábado (15), em Brasília a partir das 16h, que marcará a abertura da competição. Na sequência o Brasil enfrentará o México, quarta-feira (19), e encerra sua participação na primeira fase diante da Itália, no sábado (22).

Esta será a sétima participação da seleção brasileira em Copa das Confederações. Os canarinhos conquistaram por três vezes a competição, em 1997, 2005 e 2009. Além disto, foi vice-campeão em 1999 e ficou em quarto em 2001. Nesta edição, atuando dentro do próprio país e com as esperanças no jovem Neymar, o Brasil tentará a sua quarta conquista do torneio.

Felipão tenta encontrar a equipe ideal na seleção brasileira (Foto: UOL)

Confira abaixo a lista de convocados da seleção brasileira para as Confederações

Goleiros: Diego Cavalieri, Jefferson e Júlio César
Laterais: Daniel Alves, Filipe Luís, Jean e Marcelo
Zagueiros: Dante, David Luiz, Réver e Thiago Silva
Meio-campistas: Fernando, Hernanes, Luiz Gustavo, Paulinho, Bernard, Jádson, Lucas e Oscar
Atacantes: Fred, Hulk, Jô e Neymar

Como a nossa Seleção deverá atuar taticamente?

Em um dos seus piores momentos da história, a seleção brasileira aparece na 22ª colocação do Ranking da FIFA de Seleções. O técnico Luís Felipe Scolari foi chamado para tentar resolver a situação e levar a seleção ao título mundial como em 2002, porém desta vez em seus domínios. Ainda buscando uma equipe ideal, ‘Felipão’ oferece indícios de uma equipe titular de memória. Os prováveis titulares? Júlio César; Dani Alves, David Luiz, Thiago Silva, Marcelo; Fernando, Paulinho (Hernanes); Oscar, Hulk e Neymar; Fred.

Análise tática da seleção brasileira (Por Michel Corbacho)

Um ‘4-2-3-1’ bem definido, com intensa movimentação dos homens de frente, atuando em velocidade e com chegada do volante Paulinho como ‘homem surpresa’. Os laterais são muito forte no apoio, Dani Alves e Marcelo, o que faz com que Felipão prenda um pouco mais Fernando como praticamente um terceiro zagueiro, dando cobertura aos dois defensores da equipe. Paulinho ou Hernanes, que atua como segundo volante, tem mais liberdade para chegar ao ataque surpreendendo a marcação adversária. Pelos lados do campo, Hulk e Neymar. O atacante do Zenit, preterido pelo Chelsea, atua aberto pelo flanco direito, sempre chegando com força ao ataque e também recompondo taticamente para ajudar na marcação. Enquanto que a ‘jóia’ da seleção, Neymar, recém contratado pelo Barcelona, atua pelo flanco esquerdo do campo, tendo mais liberdade de chegar próximo a Fred. Oscar é o meia que tem como função criar as jogadas ofensivas da equipe, sempre assistindo à Neymar, Hulk, e principalmente Fred, o ‘centro-avante’ titular da seleção brasileira.

Análise tática da seleção brasileira (Por Michel Corbacho)

Outra opção que vem agradando a Felipão é o esquema tático de ‘3-5-2’. Como os seus laterais titulares avançam muito ao ataque, o comandante da seleção brasileira busca alternativas para que a sua defesa não fique exposta aos contra-ataques dos adversários. Uma zaga formada por Thiago Silva, David Luiz e Dante para oferecer mais segurança, além do volante Fernando atuando na frente dos três defensores para a proteção. Dani Alves e Marcelo com extrema liberdade para chegar ao ataque pelas laterais, porém, sempre recompondo na marcação. No meio de campo, as chegadas de Paulinho e Oscar sempre criando alternativas ofensivas para a equipe. Na frente, um ataque formado por Neymar e Fred. Hernanes, Lucas e Hulk também são alternativas para esta formação tática.

Cobertura completa da Copa das Confederações

A Copa das Confederações acontecerá entre os dias 15 e 30 de junho e contará com cobertura especial do Jornalismo Futebol Clube. Acompanhe de perto cada lance por meio do site e do Google Plus. Em parceria com o Google, divulgaremos nosso conteúdo na página do G+ dedicada à competição, busque pela hashtag #jornalismoFC e fique por dentro de tudo o que acontece nos gramados do Brasil.





Conheça a Aula de Futebol, um projeto que une história ao esporte mais famoso do mundo

16 04 2012

Atividade idealizada por professores de história torna a matéria muito melhor de se aprender

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Por Caio Martins

Para muitos estudantes, estudar história nem sempre é tão atrativo. Aliás, muitas vezes é realmente cansativo. Entretanto, dois professores que lecionam essa matéria tiveram uma excelente ideia de como facilitar o aprendizado e motivar os alunos a olharem história com outros olhos.

Os historiadores e professores Dimas Fernandes Vieira Júnior e Leandro Sapiensa Galvão idealizaram e elaboraram uma atividade chamada de “A Aula de Futebol”, que usa o futebol como meio de contextualizar os períodos e acontecimentos que são ensinados na escola.

A aula, que foi aplicada pela primeira vez no Colégio Atibaia, na cidade homônima, em 2010, é constituída de um acervo de áudios, imagens e textos que auxiliam, e muito, a compreensão do aluno em relação à matéria.

Leandro Sapiensa usa o futebol brasileiro para contextualizar a matéria estudada (Foto: Dimas Fernandes)

A Dimas cabe usar o contexto histórico das Copas do Mundo como forma de ensinar. Por exemplo: ele mostra e explica as características presentes nos regimes nazifascistas usando o período da Copa de 1934, realizada na Itália, usando propagandas da época do regime como exemplo e recurso de explicação.

Já a Leandro, parceiro de Dimas, cabe desenvolver uma análise histórica do futebol no Brasil, apresentando as relações possíveis entre os recortes históricos selecionados e o esporte, em seus aspectos sócio-culturais e políticos. Ele usa uma abordagem jornalística, com materiais de revistas, jornais e vídeos da época. Acontecimentos como a chegada do futebol ao Brasil, relação do futebol com a ditadura de Getúlio Vargas e até a famosa “democracia corintiana” são usados para ensinar os alunos.
Os dois professores já tiveram apoio do programa “Fanáticos por Futebol”, da Rádio Bandeirantes e, no momento, estão à procura de parceiros e escolas que estejam interessadas em aplicar a Aula de Futebol em suas instituições.
Jornalismo FC entrou em contato com Dimas Fernandes, que explicou um pouco melhor o processo de criação e aplicação da inovadora atividade.

Você confere abaixo a entrevista com Dimas.

JFC: Quando você pensou em criar uma atividade como a Aula de Futebol?

Dimas: No início do ano de 2010, até em função da realização, naquele ano, da Copa do Mundo da África do Sul. Havia interesse, da minha parte e da parte do professor Leandro, de realizar algo na nossa área, a História, que tivesse um quê diferenciado como tema de reflexão. A partir disso, a coisa foi tomando forma e tornou-se no que é hoje.

JFC: Por que, ao idealizar e montar a aula, usou o futebol como forma de contextualizar as matérias que seriam estudadas?

Dimas: Nosso mote era o futebol. O interesse foi gerado em torno disso, em função da última Copa do Mundo. Obviamente, gostamos muito do esporte e somos torcedores assíduos. Talvez, também, isso tenha a ver com nossa “geração acadêmica”, enquanto historiadores oriundos de universidades importantes formados em um período no qual boa parte do preconceito acadêmico contra o “tema futebol” já havia retrocedido muito. Se “tudo é História”, como aprendemos a pensar, por que não o futebol também não é? É, e muito. Penso, portanto, que a melhor resposta para essa pergunta, é a de que a razão básica foi a do encontro entre a oportunidade da ocasião (2010) e a nossa formação como historiadores.

Formato utilizado na apresentação durante a atividade (Foto: Reprodução)

JFC: Em seus vídeos em seu canal no Youtube, é possível perceber que você utiliza muitos recursos audiovisuais nas apresentações. Você considera esses “artifícios” um dos grandes trunfos da atividade?

Dimas: A aula tem duas partes, a minha (o contexto histórico das Copas do Mundo), e a do Leandro (o futebol, no contexto brasileiro), e esses recursos, de forma geral, foram aparecendo – sendo pensados e organizados – para as duas partes. Respondendo essa questão, pensando na minha parte especificamente, eu diria que é um trunfo importante, sim, porém, sem a “transpiração” que foi necessária para contextualizar historicamente as Copas do Mundo que eu escolhi para trabalhar (1930 à 1998), esses recursos de nada serviriam. Eu sou, como historiador e professor, um entusiasta de tais recursos, especialmente na sala de aula, mas só com conhecimento, estudo e formação eles são devidamente preenchidos. No meu caso, quanto à minha parte na aula, aparecem vídeos, áudios (radiofônicos – uma tremenda gentileza do programa, “Fanáticos por futebol”, da Rádio Bandeirantes), imagens e textos, mas, sinceramente, o “trunfo”, mesmo, vem do trabalho historiográfico para montar isso tudo em uma narrativa para a reflexão histórica.

JFC: Você aproveitou o embalo da Copa de 2010, na África do Sul, para lançar a aula no Colégio Atibaia. O resultado foi além do esperado?

Dimas: Sinceramente? Muito além. O entusiasmo que estamos sentindo, em função do interesse do Jornalismo FC em nos ouvir, é parecido ao que sentimos, em 2010, quando o pessoal do “Fanáticos por Futebol” se interessou pela atividade, comentando-a no programa, de forma tão gentil. A reação dos estudantes foi, de forma geral, a melhor possível e imaginável. Tudo, no mais, fez com que os meses de trabalho e pesquisa valessem, muito, a pena.

Dimas, junto com Leandro, deu a primeira Aula de Futebol no Colégio Atibaia (Foto: Leandro Sapiensa)

JFC: Ano que vem teremos a Copa das Confederações e, no ano seguinte, a tão esperada Copa de 2014. Já planejou modificações na aula para adequar-se a mais nova edição do torneio que acontecerá justamente aqui no Brasil?

Dimas: Essa pergunta é muito oportuna. Entendemos que o material que temos, hoje, abril de 2012, está prontíssimo para utilização. Depois da realização, em 2010, demos algumas mexidas, reconstruímos algumas partes, mas mantivemos a estrutura, até pelo resultado obtido. Falando da minha parte, especificamente, gosto do recorte escolhido, em termos das Copas que são trabalhadas, as quais citei anteriormente, e das contextualizações realizadas. Um material novo, por exemplo, pode aparecer (como um recurso audiovisual interessante), mas, em linhas gerais, a atividade está montada e pronta. Aliás, o nosso grande foco é esse mesmo os anos de 2013 e 2014. Até por isso estamos divulgando desde já… Obviamente, isso vale por agora… Muitas Copas virão, e, como disse o historiador e professor Eric Hobsbawn, “enquanto existir raça humana existirá história”. Do futebol, inclusive.

JFC: A aula precisa de quanto tempo para ser completamente finalizada?

Dimas: A atuação completa, com o trabalho dos dois professores em sequência, leva algo em torno de 3 horas. Uma curiosidade, quanto à minha parte, pode ajudar a explicar isso: Utilizo uma camisa para cada Copa ou conjunto de Copas trabalhados. Por exemplo: enquanto falo da Copa de 1950, uso uma réplica da camisa usada pelo Uruguai no famoso Maracanazo. Já com relação à 1974, faço uso da camisa da União Soviética, a famosa com o “CCCP” no peito. Essa eu deixo para os leitores pensarem o por quê. Uma dica: a contextualização histórica é mais das eliminatórias do que da Copa em si. Comprei muitas camisas por conta da aula!

JFC: Se uma escola quiser promover a “Aula de Futebol” a seus alunos, o que ela deve fazer?

Dimas: Podem nos contatar pelo e-mail dfv02@oi.com.br ou por nosso canal de divulgação do projeto no Youtube (www.youtube.com/user/dimasjr100). Nós temos muito interesse em realizar essa atividade, o maior número de vezes possível. Temos a convicção de que, dessa forma, podemos colaborar para a formação histórica de estudantes. Estamos aí, como historiadores e professores, para trabalhar. Por fim, deixo como despedida, algumas palavras roubadas do monumental livro, “Futebol ao sol e à sombra”, do grande uruguaio, Eduardo Galeano: “Uma jornalista perguntou à teóloga alemã Dorothee Sölle: – Como a senhora explicaria a um menino o que é felicidade? – Não explicaria – respondeu. – Daria uma bola para que jogasse.” É isso. Grande abraço a todos!

Para Dimas, a Aula de Futebol no Colégio Atibaia foi um sucesso (Foto: Dimas Fernandes)





75 anos de S.P.F.C.

16 12 2010

O São Paulo Futebol Clube completa nesta quinta-feira 75 anos de vida. Sua história, no entanto, tem capítulos anteriores a 16 de dezembro de 1935 quando é comemorada a data de fundação do clube.

Em 1900, foi fundado o Clube Atlético Paulistano, time que contava com grandes jogadores, como Friedenreich e Araken Patuska, e que conquistou 11 títulos do Campeonato Paulista no período de 1905 a 1929.

Com a chegada dos anos 30 o futebol viveu uma crise com o conflito entre o profissionalismo e o amadorismo. O resultado foi a extinção de diversos times, entre eles o Paulistano.

Insatisfeitos, os associados do time resolveram se unir a Associação Atlética das Palmeiras, clube fundado em 1902. E desta união surgiu em 1930 o São Paulo da Floresta (o apelido “da Floresta” vem do fato de o time usar o Estádio da Floresta, campo na zona norte da cidade).

O São Paulo herdou a cor vermelha do Paulistano, o preto da A.A.Palmeiras e o branco de ambos os times.  O clube já nasceu forte com craques vindos do Paulistano como Araken, Friedenreich e Waldemar de Brito.

Em 1931 conquistou seu primeiro título, o Campeonato Paulista, que veio com uma vitória sobre o Corinthians por 4 a 1, no Parque São Jorge. Tudo caminhava bem até que em 1935 o São Paulo da Floresta teve sua história interrompida por uma divida financeira.

O clube acabou extinto, mas a paixão de seus torcedores continuava mais forte do que nunca. Em 16 de dezembro de 1935 os torcedores fizeram ressurgir o clube que recompensaria todos os esforços de seus fundadores. Nasceu o São Paulo FC.

Graças ao Porfírio da Paz, autor do hino oficial do clube, o primeiro jogo do São Paulo FC aconteceu no aniversário da cidade de São Paulo, dia em que não eram permitidas manifestações públicas.

Foi ele que conseguiu a autorização com o secretário Cantídio Campos para o Tricolor enfrentar a Portuguesa Santista no Parque Antártica, jogo vencido pelo São Paulo por 3 a 2.

Após o inicio difícil, em 1941 chegou ao São Paulo o técnico Vicente Feola para comandar um time de craques que ficou conhecido  como “Esquadrão de Ouro”. O São Paulo realizou no ano seguinte a maior transação do futebol brasileiro daquela época para trazer o craque Leônidas da Silva, o Diamante Negro.

Vindo do Rio, Leônidas foi recebido na estação da Luz pela torcida e carregado nos braços até a sede do Tricolor. Sua estreia aconteceu em uma partida contra o Corinthians com o recorde de público do Pacaembu, 70 mil torcedores.

Além de Leônidas o time contava ainda com mais craques como: Sastre, Bauer, Noronha, Ruy, Teixeirinha, Luizinho e Zé Procópio. Com este time de estrelas vieram 5 títulos para o Tricolor nesta década: em 43, 45, 46, 48 e 49.

Na década de 1950 apareceu na história do clube o jovem executivo Laudo Natel. Foi com ele que o presidente do time da época, Cícero Pompeu de Toledo, começou a luta pela construção de um novo estádio.

Antes disso para acabar com as dívidas do time, seu único patrimônio, a sede do Canindé, foi vendido. Nesta década todo investimento seria na construção do estádio e com isso o time não viveu uma boa fase, os únicos títulos foram dois Campeonatos Paulistas, em 1953 e 1957.  Em 1952 começou a construção do campo que viria a se tornar um dos maiores do Brasil. 

Em 2 de setembro de 1960 aconteceu a primeira partida do São Paulo no Morumbi que ainda estava inacabado. Contra o Sporting de Portugal Peixinho marcou o primeiro gol do Tricolor no Morumbi, o único da partida.

O estádio só ficaria totalmente pronto na década seguinte. Sua segunda inauguração aconteceu no dia 25 de janeiro de 1970 contra outro time português, o Porto. A partida terminou empatada, e Miruca marcou para os donos da casa.

Com o Gigante construído, os objetivos agora voltariam a ser os títulos. Na década anterior a única conquista foi o bicampeonato da Pequena Taça do Mundo. Mas a fase magra do Tricolor estava com os dias contados.

Em 1977 o São Paulo conquistou o maior título do clube até então. A decisão aconteceria no Mineirão lotado,  e por isso muitos já davam certa a vitória do favorito Atlético Mineiro. Mas o empate em 0 a 0 levou a decisão para os pênaltis e quem brilhou foi o goleiro Valdir Perez que garantiu ao Tricolor seu primeiro titulo nacional.

Na década de 1980 os torcedores conheceram os “Menudos do Morumbi”. Alguns dos jogadores que se tornariam ídolos da torcida jogaram nesta época, atletas como os atacantes Careca, Muller e Sidney, os zagueiros Oscar e Dario Pereira, o meia Silas, entre outros.

Em 1985 o clube conquistou o Campeonato Paulista e no ano seguinte mais uma dramática decisão por pênaltis traria o Bi do Campeonato Brasileiro. No tempo normal empate em 1 a 1 com o Guarani, em Campinas.

Na prorrogação os donos da casa fizeram 2 a 1. Foi quando no último minuto o zagueiro Wagner Basílio chutou para o ataque, Pita desviou e Careca encheu o pé empatando o jogo. A conquista mais uma vez veio na decisão por pênaltis, 4 a 3.

Em 1990 chegou ao São Paulo o “mestre” Telê Santana. Um dos maiores técnicos da história do time.  Com ele o Tricolor conquistou em 1991 o Tricampeonato Brasileiro, vencendo o Bragantino por 1 a 0, no Morumbi.

No ano seguinte, Têle comandou o time em sua primeira conquista das Américas. Para isso contou com grandes craques como Raí, Muller, Palhinha e Zetti. O título veio com a vitória sobre o time argentino Newell’s Old Boys no Morumbi por 1 a 0 no tempo normal e por 3 a 2 nos pênaltis.

No Japão o São Paulo enfrentou o Barcelona, da Espanha, na decisão do Mundial. Com dois gols de Raí, vitória por 2 a 1, e pela primeira vez o Mundo era do São Paulo FC.

No ano seguinte a temporada perfeita se repetiu. Com uma goleada de 5 a 1 sobre o Universidad Católica, do Chile, veio o Bi da Libertadores. E após uma vitória de 3 a 2 sobre o Milan, o Tricolor conquistou outra vez o topo do Mundo.

Após as conquistas mundiais o São Paulo viveu um período sem grandes títulos. Ganhou os Paulistas de 1998 e 2000 e amargou vices que fizeram a torcida lamentar a aposentadoria do “mestre” Telê.

No ano de 2001 o São Paulo venceu o Torneio Rio São Paulo com o craque Kaká fazendo os dois gols da virada sobre o Botafogo. Mais os grandes títulos voltariam a aparecer apenas em 2005.

Este foi mais um ano marcante na história do São Paulo FC. No Estádio do Morumbi lotado, com uma goleada de 4 a 0 sobre o Atlético Paranaense veio a conquista do Tri da Libertadores.

Na decisão do Mundial, a vitória apertada de 1 a 0 contra o Liverpool foi garantida pela atuação impecável do goleiro Rogério Ceni que levantou o troféu mais esperado pelos tricolores.

Em 2006, Muricy Ramalho chegou para comandar o Tricolor e cumprir sua promessa de que voltaria ao time para ser campeão. Em sua segunda passagem como treinador do São Paulo, Muricy, que também já havia sido jogador do time, conquistou o inédito tricampeonato brasileiro consecutivo, em 2006, 2007 e 2008.

Phorfirio da Paz escreveu “Dentre os Grandes és o primeiro” e o São Paulo FC que nasceu pequeno, cresceu… conquistou o Brasil e o Mundo. Parabéns São Paulo! O clube mais jovem entre os grandes paulistas e o mais vitorioso.





Anuário do Paulistão coloca SPFC na segunda divisão

22 01 2009

Jornalismo FCO anuário do Campeonato Paulista 2009 trás em suas páginas a afirmação de que na competição de 1990 o São Paulo amargou o rebaixamento, e que em 1991 foi beneficiado pelo regulamento da competição, para sagrar-se campeão paulista daquele ano.

“O Departamento de Comunicação da Federação Paulista de Futebol lamenta as informações publicadas e informa que o texto é de autoria do historiador Rodolfo Kussarev, autor dos Almanaques dos Campeonatos Paulistas de 1999 a 2005” mas o autor se defende dizendo que tomou como base as informações pesquisadas no livro “A História do Futebol Paulista”, publicado pela Publifolha em 1996.

Não entendo o motivo de tal historiador não ter buscado informações na própria FPF para checar a veracidade da publicação. Será que ele publicaria algo como verdade absoluta, tomando este blog como fonte de pesquisa? Duvido.

Por que o historiador, diante de informação tão polêmica, não consultou o próprio São Paulo?

Quero crer que as mensagens recebidas em seu perfil, em um site de relacionamento, sejam mera coincidência, afinal não cai bem para um historiador de respeito ter seu nome ligado a qualquer um dos clubes envolvidos na disputa, principalmente se esse clube for o mesmo que tem o presidente da Federação Paulista como conselheiro, ainda que ele possa ter sua preferência futebolística.

Quero crer também que seja apenas coincidência e não perseguição por parte da FPF, afinal tudo soa muito estranho desde o episódio envolvendo a FPF e o São Paulo, na final do Brasileirão 2008 -Marco Polo del Nero acusara o clube paulista de tentar manipular o resultado da partida contra o Goiás, enviando convites de um show para o árbitro Wágner Tardelli, que acabou afastado da partida pela CBF. Coincidência o problema com o anuário e também com o fato de Rogério Ceni, capitão do São Paulo, ter sido alertado pelo árbitro, na porta do vestiário, antes da partida de ontem contra o Ituano, na estréia do Paulistão 2009,  de que teria de cumprir suspensão automática por um suposto cartão amarelo recebido na última partida do clube no Paulistão 2008.

As coincidências andam acontecendo só com o São Paulo e quero crer que isso não vá se repetir.