#JFCnaCopa: Torcedores rivais acreditam que Itaquerão dará mais prejuízo que benefício para a cidade, segundo pesquisa

19 08 2011

Pessimismo não é tão grande quando se fala de legado para Itaquera


Da Redação

Torcedores do São Paulo e do Palmeiras estão pessimista quanto aos benefícios que o estádio do Corinthians, que será construído em Itaquera, vai produzir na região, segundo constatou a pesquisa realizada pelo DataFolha, e divulgada nesta sexta-feira, na Folha de S. Paulo.

Para 55% dos são-paulinos, o estádio do Corinthians vai acarretar mais prejuízos que benefícios para a capital paulista e 38% apostam que o Itaquerão não vai levar as melhorias esperadas para a zona leste, faixa bem menor se comparada aos que acreditam que coisas boas vão acontecer na região, que é a aposta de 62% dos torcedores do São Paulo.

Os palmeirenses são mais otimistas que os são-paulinos, mas também não se mostram muito favoráveis ao estádio do Corinthians. De cada dez entrevistados, 6 acreditam que o Itaquerão vai levar algum benefício para a zona leste, mas 45% veem a capital paulista ser prejudicada pela escolha da região para receber a arena.

Abertura da Copa

A maioria dos paulistanos, torcedores ou não de algum time, não consideram a abertura da Copa um evento importante para a cidade de São Paulo. Esta foi a resposta de seis em cada dez entrevistados pelo DataFolha.

Apenas 17% dos entrevistados disseram que a abertura da Copa no Itaquerão é um evento importante e 23% consideram “um pouco importante”. A maioria (70%) dos que se disseram corintianos também veem a inauguração do Mundial como irrelevante para a cidade, pensamento compartilhado por são-paulinos (57%), palmeirenses (61%) e santistas (62%).

Corintianos também são contra dinheiro público no Itaquerão

Os torcedores rivais considerarem  o uso de dinheiro público para construir o estádio do Corinthians não é uma novidade. Mas, a pesquisa do DataFolha apontou que nem os corintianos são totalmente favoráveis, independente de quem estiver emprestando o recurso (governo federal, estadual ou prefeitura).

Quando questionados sobre empréstimos do governo federal para levantar a arena, 45% dos corintianos, 73% dos são-paulinos e 69 dos palmeirenses se posicionaram contra.

Realizada nos dias 4 e 5 de agosto, a pesquisa do DataFolha entrevistou 624 pesssoas. A margem de erro é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos, segundo o instituto.





Banco quer pagar R$ 300 milhões para dar nome ao estádio do Corinthians

16 08 2011

Rosemberg quer esperar mais um ano para conseguir valor maior

Da Redação

Banco privado ofereceu R$ 300 milhões para dar nome ao Itaquerão. Nome da empresa não foi informado - Divulgação/Corinthians

Um banco privado quer pagar R$ 300 milhões ao Corinthians para dar nome ao futuro estádio do clube que está sendo construído em Itaquera, na zona leste de São Paulo, segundo informou o site do jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo o Estadão, o valor apresentado pelo banco –  que está sendo mantido em sigilo – agradou aos dirigentes do Corinthians, mas que o tempo de duração do vínculo estaria impedindo o acerto. O Timão quer um contrato de até 15 anos, mas a instituição exige 20 anos para dar nome ao Itaquerão.

O diretor de marketing do Corinthians, Luis Paulo Rosemberg, é contra o acerto neste momento. De acordo com a nota do Estadão, o dirigente quer esperar por uma provável valorização do estádio, que ainda está na fase inicial de construção. Rosemberg acredita que pode chegar a um valor maior no ano que vem.

 





Câmara Municipal aprova projeto de lei sobre incentivos fiscais para o Itaquerão

1 07 2011

Texto tramitava desde a semana passada na Câmara e só depende da sanção do prefeito Gilberto Kassab para entrar em vigor.

 

Por Fábio Marcondes

 

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de São Paulo decidiu em votação agora há pouco aprovar o projeto de lei que trata da concessão de incentivos fiscais à construção do estádio do Corinthians em Itaquera. Por 39 votos a favor,15 votos contra e nenhuma abstenção, a polêmica sobre o uso de dinheiro público em construções privada continuará por um bom tempo.

O projeto que trata da concessão de incentivos ao projeto do estádio candidato a sede da abertura da Copa do Mundo em São Paulo começou a tramitar há uma semana, mas menos de três horas após o início da tramitação na sessão de quarta-feira (29), Miguel pediu e obteve vistas ao projeto de lei.

Com a aprovação da Câmara,basta apenas a assinatura do prefeito Gilberto Kassab para que o projeto de Lei entre em vigor. Fonte: Divulgação/Corinthians

O líder da base governista na Câmara, Roberto Tripoli (PV) pediu e obteve a redução do prazo entre as duas audiências que eram necessárias ao projeto e sendo assim o período foi reduzido de dez para cinco dias.

A partir de agora cabe ao prefeito Gilberto Kassab sancionar e autorizar a publicação no Diário Oficial do Município para o projeto entrar em vigor.





Com mesmo valor de incentivo ao estádio do Corinthians, Itaquera poderia ter melhor saúde e educação

30 06 2011

Os R$ 420 milhões que a Prefeitura deixará de receber para beneficiar o Corinthians poderiam construir novas creches, escolas e UBS’s para a região

 Por Fábio Marcondes

Às vésperas da Copa de 2014, São Paulo se vê em meio a mais uma polêmica em relação à construção dos estádios que poderão ou não sediar os jogos da fase de grupos.

Com o impasse diante da construção do “Fielzão” – assim denominado o futuro estádio corintiano -, a prefeitura pretende ceder R$ 420 milhões em títulos de incentivo fiscal ao Timão para que a obra seja concretizada. Porém, a alegação do poder público é de que esse dinheiro será usado para fazer melhorias das condições nas imediações do estádio e obras de infraestrutura. Diante de tantos questionamentos e falatórios, fica a dúvida: O que poderia ser feito no subdistrito de Itaquera com esse montante ?

Com esse montante, a população poderia ser atendida e toda a infra-estrutura seria modernizada - Fonte: R7

De acordo com um levantamento feito por especialistas em gastos orçamentários, com esse montante poderiam ser feitos e entregues na região: 787 Unidades Básicas de Saúde(UBS) – que comportariam 700 equipes de saúde (setor precário na região); 420 creches – que atenderiam a 50.400 crianças em idade escolar (que também são raridade nas imediações – ou não tem vaga ou não tem creche) ou ainda construir 100 escolas de ensino fundamental e médio com capacidade de atender a 700 alunos cada.

É necessário que se faça uma releitura de tudo o que tem sido feito e que se dê prioridade à população que sofre com a falta dessa infraestrutura. É muito dinheiro público que poderia suprir todas as necessidades de carência da região e ainda atenderia aos bairros do entorno que há anos sonham com pelo menos parte dessa quantia para ter o direito de, no mínimo, viver com um pouco de assistência e dignidade, pois, os mesmos não têm isenções em seus impostos pagos religiosamente todos os anos.

Em votação de primeiro turno, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou na noite de ontem a doação dos 420 milhões de reais em incentivos fiscais para a construção do estádio particular em Itaquera.

A população de São Paulo se manifesta de todas as maneiras contra o projeto criado pelo prefeito Gilberto Kassab, e as alegações vão muito além da paixão clubística.

O mesmo prefeito que recentemente aumentou o próprio salário em 62% (passou de R$ 12,3 mil para R$ 20 mil), agora terá de enfrentar o ônus político por atender a interesses particulares, em detrimento dos cidadãos da maior metrópole do país.





Adiada a votação na Câmara Municipal sobre incentivos fiscais para a construção do Estádio do Corinthians

28 06 2011

Texto tramita desde quarta-feira na Câmara e poderá ser votado na próxima semana.

 Por Fábio Marcondes

 

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de São Paulo adiou na manhã de hoje, a votação sobre o projeto de lei que trata da concessão de incentivos fiscais à construção do estádio do Corinthians em Itaquera. O adiamento da votação foi aceito depois que o vereador Adílson Amadeu (PTB) apresentou um novo pedido de vistas ao processo que dá embasamento ao projeto.

Votação adiada para a semana que vem,atrasa ainda mais o desfecho das obras. Foto: Divulgação

Com isso, a situação permanece indefinida já que desde a semana passada,o processo estava em mãos do vereador Aurélio Miguel (PR),que apresentou parecer contrário ao projeto,entendendo que este fere o princípio da Impessoalidade.

O projeto que trata da concessão de incentivos ao projeto do estádio candidato a sede da abertura da Copa do Mundo em São Paulo começou a tramitar há uma semana, mas menos de três horas após o início da tramitação, Miguel pediu e obteve vistas ao projeto de lei.

O líder da base governista na Câmara, Roberto Tripoli (PV) pediu e obteve a redução do prazo entre as duas audiências que eram necessárias ao projeto e sendo assim o período foi reduzido de dez para cinco dias.

Presidente do Corinthians (ao centro) é sabatinado pelos vereadores na Câmara - Fonte: Letícia Macedo/G1

Segundo o presidente do Corinthians, Andrés Sanches : “ – Quem decide isso (onde será a abertura da Copa) é o COL e a Fifa. Garantia não temos nenhuma. O que nós temos não é por mim, não é pelo Corinthians, não é por nada. É porque a cidade e o estado de São Paulo, como o maior PIB da federação brasileira,automaticamente tenham a abertura da Copa do Mundo ”– disse em entrevista coletiva realizada esta manhã.





São Paulo ‘oferece’ Morumbi para a Copa; Corinthians defende Itaquera e diz que a ZL sofre preconceito

17 06 2011

Tricolor diz que Morumbi vai estar pronto para “grandes eventos” em 2014

Por Danilo Gonçalo

O São Paulo diz que estará com o Morumbi pronto para grandes jogos e eventos esportivos em 2014. Em nota oficial, o clube classificou como “lacônica e arbitrário” a decisão que tirou o estádio da Copa do Mundo e diz que continuará a reforma da casa tricolor, deixando no ar que ainda aceitaria receber jogos do Mundial, caso a construção do Itaquerão não saia do papel. Em contrapartida, o diretor de negócios jurídicos do Corinthians, Sérgio Eduardo Mendonça de Alvarenga, reclamou das críticas a localização da futura casa do Timão e ao plano da Prefeitura de conceder incentivos fiscais para a arena.

Aproveitando o momento conturbado que passa o Corinthians, que ainda não assinou contrato com a construtora para levantar o Itaquerão, e sofre pressão para chegar a uma solução a tempo de preparar o estádio para a Copa, o São Paulo coloca mais lenha na fogueira que pode consumir o sonho corintiano de ver sua arena receber a abertura do Mundial.

“Ao prestar contas, o São Paulo informa que, em nenhum momento, parou de trabalhar na modernização de sua arena e assim continuará fazendo, incessantemente, observando, no que couber, os projetos formulados em vista das adaptações para a Copa de 2014 e os cronogramas então elaborados”, disse o Tricolor em nota oficial.

“A População Paulista e Brasileira pode estar segura de que o reconhecimento do São Paulo Futebol Clube ao apoio recebido em todos os momentos se dará no esforço do Clube em tornar o Estádio do Morumbi ainda mais confortável e moderno, de modo que, quando 2014 chegar, São Paulo terá o Estádio do Morumbi pronto e preparado para continuar recebendo os maiores eventos esportivos e culturais realizados na Cidade de São Paulo”, dando sinais de querer minar a intenção de Andrés Sanchez e voltar ao páreo para ser o palco paulista no Mundial.

Corinthians reclama de preconceito contra a “gente diferenciada” de Itaquera

Também por meio de nota, assinada pelo diretor de negócios jurídicos do Corinthians, Sérgio Eduardo Mendonça de Alvarenga, o Corinthians reclamou das especulações sobre a capacidade de Itaquera receber o estádio que pode abrir a Copa do Mundo no Brasil.

De acordo com o dirigente, as recentes críticas ao estádio do Corinthians na zona leste de São Paulo chega a “assemelhar-se com a demonstração de preconceito contra “gente diferenciada” que, recentemente, se manifestou emHigienópolis”.

Alvarenga aproveitou para defender o plano do prefeito Gilberto Kassab de conceder incentivos fiscais para a construção do estádio em Itaquera. Para o dirigente, a ajuda oferecida por Kassab tem por objetivo diminuir a desigualdade e distribuir a renda, antes concentrada nos bairros nobres de São Paulo.

“Sem o incentivo fiscal, o particular simplesmente deixaria de investir no local, desinteressante economicamente que seria. Esse é o ponto: o incentivo visa, essencialmente, desenvolver Itaquera, bairro que, é fácil constatar, não é daqueles tratados, historicamente, com mais carinho pelo Poder Público”, afirmou Alvarenga.

Movimentos sociais da região concordam com o argumento do diretor do Corinthians. O movimento Nossa Itaquera, que tem buscado a participação dos moradores da região nas decisões que vão impactar a zona leste, apontam que o plano de Kassab vai levar desenvolvimento à região, que tem planos para isso engavetados na Câmara desde 2004.





Considerada “inconstitucional” e “absurda”, medida que deixa sob sigilo orçamento pode elevar gasto público com a Copa

17 06 2011

Ministro do STF e procurador-geral criticam governo por querer esconder  orçamento

Por Danilo Gonçalo

O Governo Federal quer manter em sigilos no orçamento dos gastos públicos com a Copa do Mundo. No texto da Medida Provisória (MP) 527, que pedia a diminuição da burocracia para contratações de empresas que vão executar serviços para o Mundial, foi incluindo dispositivo parecido ao que foi aplicado para esconder os gastos com cartões corporativos e da Presidência a da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). A ação, no entanto, é considerada inconstitucional e um retrocesso na questão da transparência no uso do erário.

Entrevistado pelo TerraMagazine, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, disse que a aprovação da medida que impõe sigilo nas contratações “é um retrocesso”.

– Todo setor público que manuseia recursos públicos está compelido a prestar contas. Prestar contas a si mesmo não é prestar contas.

De acordo com o ministro, é dever do Estado prestar contas ao cidadão sobre os investimentos que faz.

– A publicidade é um princípio básico na administração pública. E é ela que permite aos contribuintes em geral acompanharem o dia a dia da administração pública. A ‘coisa pública’ não pertence a quem quer que seja, ela é do coletivo, do povo. E evidentemente tem que se primar pela transparência. Eu não concebo o sigilo em qualquer setor. Também não concebo, por exemplo, essas despesas do Planalto, que não vêm à tona e são guardadas, de certa forma, a sete chaves a partir de um pretexto.

A afirmação de Marco Aurélio Mello é semelhante a do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que disse ser uma ação “escandalosamente absurda” esconder os gastos do Governo com obras para o Mundial.

– Como é que a sociedade pode ser privada do acesso a informações relacionadas a despesa pública?

As ações do governo para esconder os gastos são motivadas pela certeza de aumentos gigantescos nos custos das obras. O Ministério Público também criticou a medida provisória, argumentando que pode manter em sigilo desvios de recursos públicos e superfaturamento.

O advogador-geral da União, Luís Inácio Adams , justificou o pedido de sigilo do governo. Adams afirmou que o orçamento será divulgado quando as etapas do processo forem evoluíndo e que a mudança na Lei de Licitações foi pedida para agilizar as obras.

– Temos liminares e decisões que são tomadas que emperram o processo de maneira indefinida. Isso é absolutamente prejudicial a qualquer processo que se pretenda obter para a Copa.

Atrasos e gastos aumentam

A três anos para a Copa do Mundo, pouca coisa mudou desde o anúncio de que o Brasil sediaria o Mundial. As obras dos estádios e infraestrutura que já começaram estão apenas engatinhando, enquanto outras sequer sairam do papel. Há casos em que não há nem o projeto executivo da construção, como o da Fonte Nova, na Bahia.

Empregados pararam os trabalhos de reforma no Mineirão. Obras pode não voltar por causa de irregularidades apontadas pelo TCE - Sylvio Coutinho/Divulgação

Em Minas Gerais, a reforma do Mineirão foi paralisada por causa de uma greve de trabalhadores, que exigem melhores condições e salários maiores. Além da apralisação do empregados, o estádio pode ficar sem obras por causa da denúncia do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que apontou irregularidades na escolha da constutora. De acordo com a auditoria, a reforma foi superfaturada e o governo não fez licitação para escolher a empresa. O rombo pode chegar a R$ 22 milhões, segundo o TCE.

No Paraná, a Arena da Baixada ainda não definiu a construtora que vai terminar de adequar o estádio para o Mundial. No Amazonas, o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria Geral da União (CGU) interromperam o repasse de verbas por constar irregularidades. Em outros locais, como Recife, Mato Grosso e São Paulo, as empresas não apresentaram garantias financeiras ao BNDES e, por isso, não podem receber o empréstimo que pode chegar a R$ 400 mil. Na sede paulista, a situação ainda está bastante complicada. Corinthians e Odebrecht sequer assinaram contrato para dar início a construção do estádio em Itaquera. A empresa não quer bancar sozinha o Itaquerão e os vereadores de São Paulo dificultam a aprovação de pacote de isenção de impostos proposto pelo prefeito Gilberto Kassab e que beneficiaria o Timão. A Câmara considera que a ação é um investimento do dinheiro público em uma obra privada. Andrés Sanchez pressiona a Casa, com a afirmação de que sem o pacote, não haverá Copa em São Paulo.

Em Itaquera, somente terraplanagem. Andrés diz que sem incentivos da Prefeitura, São Paulo ficará fora da Copa - Imagem: Divulgação

No geral, o custo previsto pela Confederação Brasilera de Futebol (CBF), em 2007, para constuir ou reformar 18 estádio subiu quase R$ 2 bilhões para R$ 6,75 bilhões, segundo levantamento do site Copa2014.

Aos poucos, as previsões pessimistas (ou realistas, como queira) vão se tornando realidade. Os gastos públicos com o Mundial vão aumentando, indo contra o discurso inicial de que não haveria uso do erário na construção de estádios. Modernizar a Lei de Licitações é necessário, sobre isso não há dúvidas, mas fazê-la às pressas para atender interesses que não são o de desenvolvimento do Brasil não é a melhor forma de mudar.





Enfim, mãos a obra

27 05 2011

Em nota oficial, Corinthians anuncia início das obras do novo estádio

Por Seme Amaral

Nota oficial no site do Corinthians (Foto: Reprodução)

Após a FIFA excluir oficialmente São Paulo como sede da Copa das Confederações, e botar em cheque á abertura da Copa do Mundo, o Corinthians agiu rápido e divulgou uma nota oficial anunciando o início das obras no estádio de Itaquera.

Segundo a nota, as obras se iniciam nesta segunda-feira (30). Nesta primeira fase, será feito o trabalho de terraplanagem, que durará três meses. Na tarde desta sexta-feira (27), Corinthians e Odebrecht se reuniram para poder decidir a escolha da empresa terceirizada que fará este trabalho.

O Corinthians afirma que a contratação dos profissionais só será feita após a obra de terraplanagem, e que assim que forem disponibilizadas ás vagas, o time e a construtora comunicarão aos interessados como o processo seletivo ocorrerá.





Moradores de Itaquera exigem participação da comunidade nas decisões para a Copa

6 05 2011

Vizinhos do futuro estádio do Corinthians querem Mundial com legado positivo para o bairro

Por Danilo Gonçalo

Moradores de Itaquera estão preocupados com o legado que a Copa do Mundo vai deixar para a região. Para evitar que saiam perdendo, uniram-se e agora cobram do Poder Público que os incluam nas discussões sobre o futuro do bairro.

Na manhã desta sexta-feira (6), na Assembléia Legislativa de São Paulo, deram o primeiro passo nas discussões. Em um evento que reuniu parlamentares, o ministro do Esporte, Orlando Silva, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, movimentos representativos e dezenas de populares, foi possível expor algumas das necessidades emergências para a região, que é a favorita para receber a abertura da Copa do Mundo 2014.

Integrante do movimento Nossa Itaquera, Maria Sebastiana Felix Bizetto, moradora de Itaquera há 13 anos, afirmou ao JornalismoFC que estão sendo organizados seminários para tratar das questões mais delicadas, como segurança pública, infraestrutura e investimentos para o bairro e seu entorno. “Nós já vivemos em situação precária, precisamos ter investimentos em metrô, trens, vias”, disse.

Os movimentos também reivindicam que os trabalhadores que morem na região sejam contratados para executar as obras do estádio do Corinthians, solicitação que foi aceita pelo presidente do Corinthians, além de pedirem que os habitantes da região sejam capacitados para que as vagas de emprego que serão criadas no Mundial, tais como hotelaria, já que devem ser construídos hotéis em Itaquera para suprir a demanda criadas pelos turistas. “Nos vamos discutir investimentos em infraestrutura, cultura, lazer, moradia”, acrescentou Maria Sebastiana.

Despejos

Algumas famílias que moram no entorno do local em que será construido o estádio do Corinthians já sabem que estão com os dias contados e terão que deixar suas casas. Com medo de que sejam forçadas a abandonar suas residências, sem receber uma contrapartida, moradores já se organizam para que a Prefeitura e o governo do Estado apresente um plano para essas pessoas.

No plenário da Assembléia, a deputada Lecy Brandão afirmou que “ninguém vai ser retirado de forma bruta”. No entanto, com a denúncia da ONU, que aponta irregularidades na remoção de famílias em diversas cidades que passam por reformas para a Copa, os moradores preferiram se prevenir.





Orlando Silva confirma estádio do Corinthians na Copa e diz que não há plano B

30 01 2011

Enquanto algumas cidades sedes da Copa do Mundo de 2014 já deram início às obras de construção e reforma de estádio para o Mundial, a cidade de São Paulo segue sem ter a certeza da participação na competição.  No entanto, o ministro do Esporte, Orlando Silva, garantiu que o estádio do Corinthians, que ainda não começou a ser construído, será o palco do torneio no Brasil.

Eu tive uma informação recente, do Comitê Local da Fifa, que eles estão absolutamente seguros que a questão do Estádio em São Paulo está equacionada.

A afirmação do ministro foi depois de uma conversa com o governador Geraldo Alckimin. Para Orlando Silva, a decisão de ter o estádio do Timão é definitiva, mesmo sem a Fifa confirmar a aprovação do projeto e sem a apresentação das garantias finaceiras do estádio corintiano.

O plano B é Itaquera, o plano A é Itaquera e o plano C é Itaquera. A cidade e o Estado decidiram que será ali o estádio de São Paulo. Ali será a Copa em 2014